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Globalização e divisão internacional do trabalho

Quando pensamos em globalização, rapidamente imaginamos fluxos crescentes de bens, serviços e capitais permeando através das fronteiras nacionais. A globalização, porém, é um fenômeno bem mais complexo e
multifacetado, que envolve aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, institucionais e tecnológicos, todos eles inter-relacionados. As abordagens a respeito do tema são muitas vezes divergentes. MATIAS (2005) identifica duas correntes principais que se contrapõem: a dos “hiperglobalizantes” e a dos “céticos”. Os primeiros defendem a ideia de que os Estados já teriam deixado o posto de principais agentes econômicos e políticos da sociedade mundial, enfraquecidos pela formação das redes transnacionais de produção, comércio e finanças, tornando as fronteiras nacionais permeáveis. A autonomia dos Estados, por esta interpretação, estaria sendo minada pelo poder das corporações e pelas instituições mundiais e regionais de cooperação, pois os Estados teriam perdido as suas características de independência e eficiência na geração de riquezas. Já para os “céticos”, a globalização não passa de um mito. Os fluxos que a caracterizam não seriam, para este grupo, uma novidade na história da humanidade, já presentes, por exemplo, no século XIX. Além disso, as corporações transnacionais teriam fortes ligações com seus países de origem, cujos governos conservam o poder.

        DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é uma divisão produtiva em âmbito internacional. Os países emergentes ou em desenvolvimento que obtiveram uma industrialização tardia e que possuem economias ainda frágeis e passíveis de crises econômicas oferecem aos países industrializados um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, entre outros.

          A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se expandiu na mesma proporção que o capitalismo. Nesse sentido, um exemplo que pode ser usado é a montagem de um automóvel realizada na Argentina, porém com componentes oriundos de diferentes países, como parte elétrica e eletrônica de Taiwan, borrachas da Indonésia e assim por diante. Isso ocorre porque cada país oferece certos atrativos. Desta forma, o custo do produto final será menor, aumentando os lucros.

FONTE: FONTE: http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/0625.pdf

http://www.mundoeducacao.com/geografia/divisao-internacional-trabalho-dit.htm



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