Entre os inúmeros satélites de sensoriamento remoto dos recursos terrestres
existentes, o Landsat está entre os mais destacados. Ele é americano e o Brasil
recebe suas imagens desde 1973, através de uma antena da estação de recepção do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), localizada em Cuiabá-MT,
centro geodésico da América do Sul.
O Landsat-1, lançado em julho de 1972 pela Nasa, foi o primeiro satélite
de uma série de sete até o momento. Os Landsat-1, 2 e 3 passavam sobre a mesma
área da superfície terrestre a cada 18 dias. Nos três primeiros satélites desta
série, o principal sistema sensor era o Multiespectral Scanner System (MSS),
que operava em quatro canais (dois no visível e dois no infravermelho próximo),
com a resolução espacial de 80
metros.
Sensores são equipamentos que captam e registram a energia refletida ou
emitida pelos elementos da superfície terrestre. Neste caso, está instalado em
uma plataforma orbital. É possível obter imagens de uma mesma área em
diferentes faixas espectrais, também conhecidas como canais ou bandas. Por não
ser um tipo de sensor radar, que produz sua própria energia na região de
microondas, a cobertura de nuvens é uma limitação na obtenção de imagens.
A partir do Landsat-4, lançado em 1982, além do MSS, foi colocado em
operação um novo sistema sensor com tecnologia mais avançada: Thematic Mapper
(TM). Esse sensor registrava dados em sete canais, sendo três no visível, um no
infravermelho próximo, dois no infravermelho médio e um no infravermelho
termal, com uma resolução espacial de 30 metros, exceto para o canal termal, de 120 metros.
O Landsat-5, com as mesmas características do seu antecessor, foi lançado
em 1984 e ainda está em operação, surpreendendo no que se trata a tempo de vida
útil.
O Landsat-6 não conseguiu atingir a sua órbita e foi declarado perdido
após o seu lançamento em 5 de outubro de 1993. No Landsat-7, lançado em 15 de
abril de 1999, o sensor TM foi substituído peo ETM+ (Enhanced Thematic Mapper,
Plus), que tem a configuração básica do TM eu aperfeiçoamento do ETM,
desenvolvido para o Landsat-6. O ETM+ inclui, também, um canal da região do
visível e infravermelho (também denominado canal pancromático) próximo com uma
resolução espacial de 15
metros e resolução espacial do canal termal de 60 metros. Desde 2003,
devido a falhas operacionais do Landsat-7, vêm sendo obtidas apenas imagens do
Landsat-5. Este satélite passa sobre a mesma área da superfície terrestre a
cada 16 dias. Cada imagem obtida desse satélite cobre uma área de 185 por 185 km.
O Landsat-7 está a uma altitude de 705 km e o horário local médio de passagem é às
10h.
Fonte: www.landsat.gsfc.nasa.gov/